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SALA DE ESTUDOS

Da Embriologia ao Sistema Reprodutor

Embriologia, em seu sentido literal, a definiríamos como a parte da ciência que se ocupa dos embriões

Por Prof  Anna Carolina

O que é Embriologia?

Embriologia, em seu sentido literal, a definiríamos como a parte da ciência que se ocupa dos embriões. Embrião, por sua vez, é o estado jovem do animal enquanto contido no ovo ou no corpo materno.

A embriologia, na realidade, ocupa-se com o desenvolvimento do ser vivo.

Em termos didáticos, a embriologia engloba o período de gametogênese, fertilização, clivagem, gastrulação.

Conceitos Básicos

Reprodução – o fenômeno biológico que permite aos seres vivos a conservação da espécie, pelo aumento do número de indivíduos ou por modificação genética deles.

Gametas – são células responsáveis pela transmissão das características hereditárias.

Zigoto: célula diploide resultante da união de dois gametas.      

Fecundação: fusão do espermatozoide com o óvulo.

Classificação dos Animais

  1. Número de Gônadas

Monoicos ou Hermafroditas –  são aqueles que apresentam os sistemas reprodutores masculino e feminino no mesmo organismo. Podem realizar fecundação cruzada (como nas planárias e em alguns moluscos) ou se autofecundarem (como ocorre na tênia).

Dioicos ou Unissexuados –  são os organismos que possuem apenas um dos aparelhos reprodutores, isto é, existe o macho e a fêmea da espécie. Como exemplo, temos a maioria dos animais vertebrados.

  1. Tipo de reprodução

Reprodução Assexuada  – não há formação de gametas. Um único indivíduo é capaz de gerar descendentes. Exemplos: bactérias, fungos, planária, protozoários etc.

Ocorre com a participação de um único indivíduo. Os descendentes podem ser produzidos por divisão binária como em organismos unicelulares ou por divisão múltipla. Nestes casos, os indivíduos produzidos serão geneticamente iguais aos originais, pois não há troca de material genético. A reprodução assexuada não permite a variabilidade genética.

  • TIPOS
    • Divisão Binária – o indivíduo se reproduz por cissiparidade
    • Divisão Múltipla
      • Gemulação – tipo de reprodução onde os poríferos produzem a gêmula, uma estrutura inativa, que suporta ambientes desfavoráveis até eles voltarem ao normal .
      • Brotamento – neste processo, ocorre formação de brotos que podem ou não se destacar do organismo inicial. Este processo também é chamado de brotamento. Exemplo: lêvedos, pólipos e cnidários.
      • Esporulação: ocorre a formação de células denominadas esporos, que germinam dando origem a novos organismos, sem fecundação. Exemplo: bactérias, fungos e algas

Reprodução Sexuada Autogâmica ou Autogamia: os gametas originam-se de um único ser que se autofecunda. Exemplo: Taenia sp.

Necessária a participação de gametas. Sua principal vantagem sobre a reprodução assexuada é que permite a variabilidade genética nas populações, através da recombinação gênica.

  • Tipos
    • Fecundação: é a forma mais usual de reprodução sexuada, onde ocorre união de gametas formando um zigoto que se desenvolve em um novo indivíduo.
    • Casos Especiais
      • Conjugação: é a troca de fragmentos nucleares ou de material genético entre dois indivíduos da mesma espécie
      • Metagênese: também chamada alternância de gerações. É uma forma de reprodução que alterna um período de reprodução assexuada, seguido por outro de reprodução sexuada.
      • Partenogênese: corresponde ao desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado. EX: zangão
      • Pedogênese: vem a ser a ocorrência de partenogênese em uma fêmea que ainda se encontra no estágio larval. Exemplo: algumas espécies de insetos e alguns platelmintos.
      • Neotenia: fenômeno observado em larvas de algumas espécies de anfíbios. Apesar de estarem ainda na forma de larvas já apresentam as gônadas desenvolvidas, o que lhes permite a reprodução por acasalamento. Exemplo: salamandra.

Reprodução Sexuada Heterogâmica ou Heterogamia: os gametas originam-se de seres diferentes. Exemplo: mamíferos em geral.

Tipos de Ovos

                Importante lembrar….

Vitelo –  é um importante suprimento extra de proteínas, carboidratos e lipídeos, que tem a finalidade de alimentar a célula-ovo fecundada enquanto for necessário. Nos mamíferos placentários, a quantidade de vitelo no zigoto (outra denominação para a célula-ovo) é pequena, apenas o necessário enquanto o ovo fecundado não chega ao útero, onde ele receberá nutrientes da mãe através da placenta. O vitelo não é uma substância definida, mas um termo morfológico. A substância química componente do vitelo pode não ser a mesma em todos os casos. Os principais componentes do vitelo são as proteínas, os fosfolipídios e as gorduras neutras.

Logo após a fecundação, o zigoto ou célula ovo inicia a clivagem, ou seja, a divisão para a formação das linhagens celulares que se organizarão em tecidos e órgãos. As células originadas dessas divisões iniciais recebem o nome de blastômeros.

 O que são Blastômeros

Qualquer uma das várias células resultantes das divisões iniciais do zigoto, que formam as fases do embrião denominadas mórula e blástula

 Os ovos são classificados de acordo com a quantidade de vitelo ou lécito

  1. OVO OLIGOLÉCITO, ISOLÉCITO OU ALÉCITO: apresenta uma pequena quantidade de vitelo, uniformemente distribuída. Geralmente, o embrião desenvolve-se no interior da mãe e dela recebe os nutrientes necessários ao desenvolvimento. Ex: mamíferos placentários, protocordados e os equinodermos
  2. HETEROLÉCITO OU MESOLÉCITO: o ovo tem uma quantidade intermediária de vitelo.

O vitelo concentra-se mais numa parte do citoplasma, caracterizando a área denominada polo vegetativo; a extremidade em que se localiza o núcleo recebe o nome de polo animal. O zigoto forma um embrião que se converte numa larva que retira o complemento alimentar da natureza. Ex: anfíbios anuros, moluscos, anelídeos etc.

  1. TELOLÉCITO OU MEGALÉCITO: ovo que possui uma grande quantidade de vitelo. O ovo é dotado de uma casca calcárea que assegura proteção; apresenta clara (rica em proteínas) e a gema (rica em lipídeos) e que corresponde ao vitelo. Na parte superior da gema, encontram-se o núcleo e, ao seu redor, outros componentes citoplasmáticos. A parte em que se localiza o núcleo é o polo animal; o restante, rico em vitelo, é o polo vegetativo.
  2. OVO CENTROLÉCITO: o ovo tem uma quantidade intermediária de vitelo, sua distribuição, no entanto, é diferente, concentrando-se ao redor do núcleo, no centro do ovo.

Clivagem e Segmentação

  • Segmentação

Há  a variação em termos de quantidade e distribuição de vitelo presente no ovo. Isso tem relação com o modo pelo qual ocorrem as primeiras divisões mitóticas ou clivagem. Dependendo do tipo, o ovo divide-se integralmente ou não.

 De forma resumida o que faz a mitose e a meiose?

MITOSE –  é uma forma de divisão celular que gera células geneticamente iguais (clones), a partir de uma célula somática diploide. Tem papel de REPRODUÇÃO em organismos unicelulares.

MEIOSE –  processo de divisão celular dos Organismos eucariontes, em que a célula mãe (2n) da origem a quatro células filhas haploides (n).

Cada tipo de segmentação – total ou parcial – é subdividida em duas modalidades:

  1. TOTAL OU HOLOBLÁSTICA

Comum aos ovos oligolécitos e heterolécitos. Quando ocorrem as primeiras mitoses, são gerados sucessivamente dois e, depois, quatro blastômeros. Na próxima divisão mitótica, que origina oito blastômeros, distinguem-se dois tipos de segmentação:

  • Segmentação igual: é a que ocorre na maioria dos ovos oligolécitos, produzindo blastômeros de mesmo tamanho
  • Segmentação desigual: comum aos ovos heterolécitos, com maior quantidade de vitelo no polo vegetativo; a segmentação gera blastômeros de tamanho diferentes – micrômeros e macrômeros

 

  1. PARCIAL OU MEROBLÁSTICA

Encontrada nos ovos megalécitos e centrolécitos, que apresentam, respectivamente, as modalidades discoidal e superficial.

  • Discoidal: ovos megalécitos têm núcleo sobre uma grande massa de vitelo; as mitoses ocorrem apenas sobre essa massa de vitelo, em uma região denominada cicatrícula, gerando um grupo de células em forma de disco.
  • Superficial: ovos centrolécitos têm núcleo rodeado de vitelo; há uma camada de citoplasma na periferia da estrutura. No início do desenvolvimento, ocorre divisão dos núcleos. Os núcleos resultantes posteriormente migram para a superfície do ovo onde se dá a individualização de células.

Gametogênese

Pode ser conceituada como processo de produção de células sexuais, sendo que se diz ovulogênese para a produção de óvulos e espermatogênese para a produção de espermatozoides

  1. Espermatogênese

Pode ser subdividida em quatro que se iniciam ainda na vida uterina e se prolongam por toda a vida.

 

  • Fases
    • Multiplicação – ou proliferação, tem início na vida intrauterina e se prolonga praticamente por toda a vida após a puberdade. As células germinativas primordiais do testículo aumentam em quantidade, sofrendo mitoses consecutivas até originarem as espermatogônias (2n).
    • Crescimento – é uma fase de curta duração no macho, ocorre um pequeno aumento no volume do citoplasma  que transforma as espermatogônias em espermatócitos primários, células 2n. Esta fase se inicia a partir da puberdade
    • Maturação – Fase que ocorre de forma rápida, envolvendo processos de meiose, após a primeira divisão meiótica, cada espermatócito primário origina dois espermatócitos secundários. Com a ocorrência da segunda divisão meiótica, os dois espermatócitos secundários originam quatro espermátides (n). Esta fase se inicia também a partir da puberdade.
    • Espermiogênese: é o complexo processo de diferenciação, sem divisão celular, que converte a espermátide, em espermatozoide. Ela ocorre em seguida à fase de maturação. Todo o processo leva em média 16 dias.
  1. Ovulogênese

Assim como  nos machos pode ser subdividida em fase, a diferença do processo na fêmea vai além da quantidade de fases existentes, mas também com o tempo de duração, visto que nas fêmeas, a produção de óvulos se encerra por volta dos 50 anos.

  • Fases
    • Fase de proliferação ou multiplicação: a fase de ocorrência de mitoses das células germinativas primordiais origina as ovogônias. No feto humano, termina no 3º mês de gestação. As ovogônias dão início à sua transformação em ovócitos primários.
    • Fase de crescimento: logo ao surgir, o ovócito primário inicia a meiose, que é interrompida na prófase I. Neste período, há notável aumento do volume celular, com acúmulo de proteínas, gorduras, glicogênio e de vitaminas lipossolúveis no citoplasma. Esse conjunto de nutrientes constitui o vitelo.
    • Fase de maturação: Os ovócitos primários irão completar a meiose, um a cada período de 28 dias em média, na mulher. A fase de maturação se inicia quando a mulher alcança maturidade sexual. Quando o ovócito primário sofre a primeira divisão meiótica, origina o ovócito secundário, célula que recebe quase todo o citoplasma da célula inicial, e o primeiro corpúsculo polar (ou glóbulo polar), célula pequena e que se desintegra antes de sofrer a divisão II. Quando o ovócito secundário sofre a meiose II, ela fica estacionada na metáfase II e só é finalizada se o ovócito for fecundado, sendo a divisão do citoplasma desigual, com uma das células, o óvulo, tem bastante citoplasma e vitelo, enquanto a outra, o segundo corpúsculo polar que não tem citoplasma.

A divisão desigual do citoplasma e do vitelo, tanto na primeira como na segunda divisão meiótica, garante que o óvulo maduro tenha material nutritivo suficiente para nutrir o embrião, caso seja fecundado.

Desenvolvimento Embrionário

Após a fecundação, o zigoto começa a fazer mitoses, que resultam em células denominadas blastômeros. À medida que as mitoses se sucedem os blastômeros vão se tornando cada vez menores de modo que o tamanho total do embrião com 32 ou mais células é praticamente o mesmo do ovo inicial. O embrião agora é denominado GÁSTRULA e se caracteriza por apresentar uma cavidade chamada arquêntero que se comunica com o meio externo através de uma abertura – O BLASTÓPORO que no correr do desenvolvimento embrionário originará o ânus (deuterostômios) ou a boca (protostômios) do embrião. Após sucessivas divisões, o aspecto do embrião é de um maciço celular semelhante a uma amora, daí receber o nome de mórula. As células da mórula dispõem-se de uma tal maneira que acabam circundando uma cavidade cheia de líquido, chama-se BLÁSTULA e a cavidade que apresenta recebe o nome de BLASTOCELE.  Seguindo no processo as células sofrem um rearranjo, diferenciando-se em duas camadas celulares: a ectoderme (externa) e a endoderme (interna). Esse processo chama-se GASTRULAÇÃO. O aparecimento do terceiro folheto embrionário na gástrula (mesoderme) determina a formação de uma cavidade embrionária – o celoma. Quando a gástrula não forma a mesoderme, o animal é dito diblástico e não apresenta celoma (acelomado).

A GÁSTRULA é caracterizada pela formação do esboço do sistema digestivo do animal. Na fase seguinte, a nêurula começa a se delinear no sistema nervoso.

A partir da gástrula ocorrem invaginações e invaginações que levam à formação da nêurula.

Quando o embrião entra neste último estágio, inicia-se a organogênese, ou seja, a formação dos órgãos e sistemas. Os três folhetos embrionários formarão os tecidos e os órgãos.

Folhetos Embrionários

Anexos Embrionários

São estruturas que surgem durante o desenvolvimento embrionário dos vertebrados e que têm por finalidade auxiliar o desenvolvimento. Há quatro anexos embrionários fundamentais:

  • SACO VITELÍNICO: envolve a gema, absorvendo os nutrientes da própria gema e da clara, estes nutrientes são transportados até o embrião pelos vasos sanguíneos.
  • ALANTOIDE: recebe e acumula os excretas nitrogenados gerados pelo embrião.
  • ÂMNIO: envolve o embrião, acumulando grande quantidade de líquido (a cavidade amniótica). Protege o embrião contra desidratação e abalos mecânicos.
  • CÓRION: envolve o embrião e todos os demais anexos; acaba por encostar na membrana da casca. O córion é um elemento de proteção

Nos mamíferos existe outro anexo embrionário, a placenta, que é por onde são feitas trocas gasosas, alimentação e excreção do embrião em desenvolvimento.

→ Sistema Reprodutor

  • Masculino

O aparelho reprodutor masculino compreende os órgãos genitais externos (genitália externa) e os órgãos localizados no interior do corpo. A genitália externa é formada pelo pênis e pelo saco escrotal.

  • PÊNIS

Órgão copulador masculino que possui em seu interior três cilindros de tecido esponjoso (os corpos cavernosos), formado por veias e capilares sanguíneos modificados – os  CORPOS CAVERNOSOS  que ao se encher de sangue provocam a ereção do pênis.

A região anterior do pênis forma a glande (a “cabeça”), onde a pele é fina e apresenta muitas terminações nervosas, o que determina grande sensibilidade à estimulação sexual. A glande é recoberta por uma prega protetora de pele chamada prepúcio, às vezes removida cirurgicamente por meio da circuncisão.

  • SACO ESCROTAL

É uma a bolsa de pele situada abaixo do pênis, dentro do qual se aloja o par de testículos, que são as gônadas masculinas. Os testículos permanecem a uma temperatura de 2 a 3ºC, inferior à temperatura corporal, o que é necessário para que os espermatozoides se formem normalmente. Homens que apresentam os testículos embutidos na cavidade abdominal (criptorquidia), não formam espermatozoides, sofrendo esterilidade.

 Os órgãos masculinos internos são os testículos, os dutos condutores de espermatozoides (canais deferentes, canal ejaculador e uretra) e as glândulas acessórias (vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais)

  • TESTÍCULOS

Onde se formam os espermatozoides. São constituídos por tubos finos e enovelados (os túbulos seminíferos), e por camadas envoltórias de tecido conjuntivo. o. A espermatogênese (ou formação de espermatozoides) ocorre por diferenciação e meiose de células localizadas na parede interna dos túbulos seminíferos. Entre os túbulos, localizam-se as células intersticiais (ou células de Leydig), cuja função é produzir testosterona, o hormônio sexual masculino.

A espermatogênese ocorre na parede dos túbulos seminíferos pela diferenciação de células chamadas espermatogônias, que, a partir da puberdade, passam a se multiplicar e vão se transformando em espermatócitos primário, e cada um desses dá origem  a dois espermatócitos secundários que sofrem a segunda divisão meiótica e originam, cada um, duas espermátides que se diferenciam em espermatozoides. Os espermatozoides recém-formados caem na cavidade interna dos túbulos seminíferos e passam a se deslocar passivamente em seu interior, devido as contrações das paredes dos túbulos e do fluxo de líquido presente dentro deles.

  • EPIDÍDIMO

É um enovelado localizado sobre o testículo em comunicação direta com os túbulos seminíferos. Os espermatozoides recém-formados passam para o epidídimo, onde terminam sua maturação e ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual

  • CANAIS DEFERENTES

São dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdome, contornando a bexiga. Sob a bexiga, os vasos deferentes provenientes de cada testículo se fundem em um único tubo, o duto ejaculador, que desemboca na uretra.

  • VESICULAS SEMINAIS

São duas glândulas que produzem um líquido nutritivo, o fluído seminal, que contêm o açúcar frutose, cuja função é nutrir os espermatozoides. A vesícula também secreta prostaglandinas.

  • PRÓSTATA

É a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino. Sua secreção é viscosa e alcalina; tem por função neutralizar a acidez da urina residual acumulada na uretra e a acidez natural da vagina. A próstata envolve a porção inicial da uretra, onde lança sua secreção através de uma série de pequenos dutos.

  • GLÂNDULAS BULBOURETRAIS (DE COWPER)

Durante a excitação sexual, elas liberam um líquido cuja função ainda não é muito bem conhecida. Acredita-se que a secreção destas glândulas contribua para a limpeza do canal uretral antes da passagem dos espermatozoides.

  • URETRA

A uretra é um duto comum aos sistemas reprodutor e urinário do homem. Ela percorre o interior do pênis, abrindo-se para o exterior na extremidade da glande.

EJACULAÇÂO –  No clímax do ato sexual, o esperma ou sêmen, constituído pelos espermatozoides e pelas secreções das glândulas acessórias, é expulso do corpo por contrações rítmicas da parede dos dutos espermáticos. A eliminação dos espermatozoides é chamada ejaculação.

  • FEMINO

O aparelho reprodutor feminino compõe-se de órgãos genitais externos formados pelos pequenos e grandes lábios vaginais e pelo clitóris, que, em conjunto, formam a vulva. Os órgãos reprodutores femininos internos são os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.

  • OVÁRIOS

Os dois ovários da mulher estão situados na região das virilhas, um em cada lado do corpo. Tem forma de uma pequena azeitona, e apresentam em sua porção mais externa (córtex ovariano), as células que darão origem aos óvulos

  • OVULOGÊNESE

É o processo de formação dos óvulos, inicia-se ainda antes do nascimento, em torno do terceiro mês de vida uterina. As células precursoras dos óvulos multiplicam-se durante a fase fetal feminina. Em seguida, param de se dividir e crescem, transformando-se em ovócitos primários.

Os grupos de células ovarianas, que rodeiam cada óvulo, diferenciam-se em células foliculares, secretando nutrientes para o óvulo. Durante a época da reprodução, conforme o óvulo se prepara para ser liberado, o tecido circundante torna-se menos compacto e enchesse de líquido, ao mesmo tempo em que aflora à superfície do ovário. Esta massa de tecido, líquido e óvulo recebe o nome de folículo de Graaf. A mulher amadurece apenas um único folículo de Graaf em um ovário em cada ciclo menstrual. Quando o folículo de Graaf alcança a maturidade, ele libera o óvulo, processo chamado de ovulação. O óvulo está então preparado para a fecundação. Na verdade, o óvulo é o ovócito secundário, cuja meiose somente irá ocorrer se acontecer a fecundação. Caso contrário, o ovócito degenerará em 24h após sua liberação.

  • TUBAS UTERINAS

São dois tubos curvos ligados ao útero. A extremidade livre de cada tuba uterina, alargada e franjada, situa-se junto a cada um dos ovários. O interior dos ovidutos é revestido por células ciliadas que suga o óvulo, juntamente com o líquido presente na cavidade abdominal. No interior da tuba, o óvulo se desloca até a cavidade uterina, impulsionado pelos batimentos ciliares.

  • ÚTERO

Órgão musculoso e oco, do tamanho aproximadamente igual a uma pêra. Em uma mulher que nunca engravidou, o útero tem aproximadamente 7,5 cm de comprimento por 5 cm de largura. O arranjo dos músculos da parede uterina permite grande expansão do órgão durante a gravidez.

A porção superior do útero é larga e está conectada às tubas. Sua porção inferior (o colo uterino) é estreita e se comunica com a vagina. O interior do útero é revestido por um tecido ricamente vascularizado (o endométrio). A partir da puberdade, todos os meses, o endométrio fica mais espesso e rico em vasos sanguíneos, como preparação para uma possível gravidez. Se a gravidez não ocorrer, o endométrio que se desenvolveu é eliminado através da menstruação junto ao sangue. Esse ciclo deixa de ocorrer por volta dos 50 anos, com a chegada da menopausa.

  • CLITÓRIS

Com 1 a 2 cm de comprimento, tido por alguns autores, como sendo correspondente à glande do pênis. Localiza-se na região anterior da vulva e é constituído de tecido esponjoso, que se intumesce durante a excitação sexual. O clitóris não participa ativamente do processo de reprodução. É na realidade o órgão de prazer sexual da mulher

  • MAMAS

Produzem leite que alimenta o recém-nascido. O leite é produzido pelas glândulas mamárias (conjunto de pequenas bolsas de células secretoras conectadas entre si por meio de dutos). Existem cerca de 15 a 20 conjuntos glandulares em cada seio e seus dutos se abrem nos mamilos, por onde o leite é expelido.

→ HÔRMONIOS SEXUAIS

  • MASCULINOS

De importância didática podemos citar dois hormônios

  • FSH – produzido pela adeno-hipófise, o hormônio folículo estimulante irá atuar sobre os túbulos seminíferos promovendo a produção e maturação dos espermatozoides.
  • LH – Também produzido pela adeno-hipófise, o hormônio luteinizante, estimula as células intersticiais a produzirem testosterona, responsável pelas características sexuais secundárias e também pelo estímulo sexual.

 

  • FEMININO

 

Na mulher esse controle é um tanto mais complexo que no homem. A cada 28 dias em média, ocorre a liberação de um óvulo e o útero prepara-se para receber um embrião. Caso haja fecundação, esse embrião se fixará no útero e se desenvolverá. Caso a fertilização não ocorra, o óvulo será eliminado juntamente com a descamação do endométrio, constituindo a menstruação.

  • FECUNDAÇÃO

Esse ciclo pode ser dividido em três fases:

  1. proliferativa: verifica-se o crescimento do folículo sob ação do FSH. À medida que cresce, o folículo produz estrogênios que atuarão no endométrio preparando-o para uma possível gravidez.
  2. secretora: sob ação do LH produzido também na hipófise, o folículo se transforma em corpo lúteo após a ovulação, sob ação do LH continua a produzir estrógenos e também começa a secretar progesterona que irá estimular o desenvolvimento de vasos sanguíneos e de glândulas tornando o endométrio mais espesso, vascularizado e rico em nutrientes para receber o embrião.
  3. fase menstrual: após a ovulação, o útero aguarda aproximadamente 14 dias para que o embrião nidifique. Se isso não acontecer, o corpo lúteo degenera, cessando a produção de progesterona e de estrógeno. Isso faz com que todo o endométrio que havia se desenvolvido se degenere também e seja parcialmente eliminado, juntamente com os vasos sanguíneos que foram produzidos. Esse material é eliminado pela vagina, constituindo a menstruação, processo que dura de três a cinco dias, em média. Os espermatozoides depositados no fundo da vagina no ato sexual, nadam para o interior do útero e atingem as tubas uterinas.

Durante a viagem à tuba, muitos espermatozoides morrem devido às condições desfavoráveis de acidez ou são devorados por macrófagos, células responsáveis pela limpeza do sistema reprodutor feminino, o primeiro espermatozoide a tocar na membrana do óvulo o penetra, fenômeno denominado fecundação ou fertilização. O óvulo, estimulado pela entrada do gameta masculino, completa a meiose e elimina o segundo corpúsculo polar. Finalmente o pró núcleo masculino se funde ao núcleo do óvulo, originando o núcleo do zigoto. O desenvolvimento embrionário tem início ainda na tuba uterina, logo após a fertilização.

 Cerca de 24h após a penetração do espermatozoide, o zigoto se divide, formando as duas primeiras células embrionárias, que se dividem novamente, produzindo quatro células, que se dividem produzindo oito e assim sucessivamente.

As divisões celulares continuam ocorrendo à medida que o embrião se desloca pela tuba em direção ao útero, depois de 3 dias após a fecundação. Após permanecer livre na cavidade uterina por cerca de 3 a 4 dias, nutrindo-se de substâncias produzidas por glândulas do endométrio, o embrião então, implanta-se na mucosa uterina, processo chamado de nidação.

  • HÔRMONIOS DA GRAVIDEZ

O embrião recém-implantado na parede do útero informa a sua presença ao corpo da mãe por meio de um hormônio, a gonadotrofina coriônica, produzido principalmente nas vilosidades coriônicas. A presença de gonadotrofina coriônica no sangue da mulher grávida estimula a atividade do corpo lúteo, de modo que as taxas de estrógeno e de progesterona não diminuem, como normalmente ocorreria no final do ciclo menstrual. Com isso, a menstruação não ocorre, o que é um dos primeiros sinais de gravidez. No início da gestação, o nível de gonadotrofina coriônica no sangue eleva-se a ponto desse hormônio ser eliminado na urina da mulher.

A partir do quarto mês de gravidez o corpo amarelo regride, mas a mucosa uterina continua presente e em proliferação graças à produção de estrógeno e progesterona pela placenta, então já completamente formada. A placenta continuará a produzir estrógeno e progesterona em quantidades crescentes até o fim da gravidez.

 

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