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Origem da Vida

Teorias para origem da vida

Para melhor compreensão da matéria de biologia elaboramos um texto de apoio referente ao capítulo 1, Origem da Vida. Trata-se de um material auxiliar de seu estudo; é indispensável que você consulte o livro-texto e faça os exercícios constantes dele. Estaremos a seu dispor para esclarecimento das dúvidas.

A hipótese da geração espontânea, também chamada abiogênese, defende a idéia de que a matéria inanimada pode, através de uma força conhecida como “princípio ativo” criar vida. Já a teoria denominada biogênese admite que os seres vivos originam-se de outros seres vivos preexistentes.

Defensores da abiogênese:

    • Aristóteles: levantou a teoria da abiogênese ou geração espontânea.
    • Van Helmont: elaborou uma receita para produzir ratos por geração espontânea.
    • Needham: acreditava no surgimento de microrganismos em frascos contendo meio de cultura e submetidos a fervura, mas seu procedimento não era suficiente para esterilizar o meio nutritivo, levando a conclusões errôneas. Dizia que a fervura destruía a “força vital ou princípio ativo” presente nesses caldos.
    • John Needhan (1713 – 1781) Misturou caldo de galinha, sucos vegetais e outros líquidos alimentares em tubos de ensaio, aqueceu-os e depois fechou os tubos para impedir a entrada de ar. Alguns dias depois se formaram pequenos organismos (Não vedou de forma correta os tubos). Interpretou que microrganismos surgiram espontaneamente da matéria contida no tubo por abiogênese.

 

Defensores da biogênese:

    • Redi: mostrou que os seres que surgiam na carne em putrefação eram larvas de moscas que haviam depositado seus ovos sobre a carne.

    • Spallanzani: combateu as idéias de Needham, melhorando as condições de esterilização a que eram submetidos os caldos nutritivos.
    • Pasteur: derrubou definitivamente a hipótese da geração espontânea com seu experimento, utilizando o frasco com “pescoço de cisne”.

      Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de pescoço comprido. Em seguida, aqueceu e esticou o pescoço do balão, curvando sua extremidade, de modo que ficasse voltada para cima.     

      Ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar todos os possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o aquecimento, vapores da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do balão e se depositaram, sob forma líquida, na sua curvatura inferior.

       

      Como os frascos ficavam abertos, não se podia falar da impossibilidade da entrada do “princípio ativo” do ar. Com a curvatura do gargalo, os microrganismos do ar ficavam retidos na superfície interna úmida e não alcançavam o caldo nutritivo.

      Quando Pasteur quebrou o pescoço do balão, permitindo o contato do caldo existente dentro dele com o ar, constatou que o caldo contaminou-se com os microrganismos provenientes do ar.

       

       

      Imagem: https://brainly.com.br/tarefa/14664665

      Com esse experimento, Pasteur demonstrou a teoria da biogênese, negando definitivamente a geração espontânea.

      Pasteur resolveu uma questão, mas provocou outra: se os organismos vivos são originados apenas a partir de outros organismos vivos, como surgiu, então, o primeiro deles?

 

Como originaram os primeiros organismos?

    • Hipótese extraterrestre: sugere que não apenas os compostos inanimados, mas até organismos vivos completos podem ter chegado do espaço.
    • Hipótese de Oparin: defendia que a vida surgiu por um lento processo de evolução química.  Acreditava-se que as primeiras moléculas orgânicas, extremamente simples, teriam se formado na própria atmosfera, graças à ação das constantes descargas elétricas próprias das tempestades freqüentes, que desencadeariam as reações entre alguns componentes da atmosfera, como o metano, a amônia e o hidrogênio. Tudo leva a crer também que os oceanos primitivos, quentes, foram excelente meio para a formação da matéria viva, a partir dos mesmos componentes, trazidos pelas chuvas. Inicialmente, teriam se formado moléculas orgânicas simples e, em seguida, moléculas mais complexas. Com o tempo, alterações no meio favoreceram o agrupamento de moléculas protéicas em um único envoltório de moléculas de água. Assim, formaram-se estruturas chamadas coacervados. Os coacervados não eram seres vivos, mas apenas micro-estruturas (pré-células) com certa complexidade e capazes de promover trocas com o meio externo. Por uma série de processos bioquímicos, os coacervados adquiriam determinado grau de independência funcional e a capacidade reprodutiva, o que caracterizou o surgimento da primeira célula viva no planeta.
    • Experimento de Miller: elaborou um aparelho que simulava as condições primitivas do planeta; comprovando o surgimento espontâneo de compostos orgânicos a partir da mistura de gases proposta por Oparin.
    • Teoria Heterotrófica: os primeiros seres vivos, contudo, surgiram num ambiente cujas condições eram bem diferentes das atuais. Não havia oxigênio e as substâncias orgânicas eram abundantes. Assim, os primeiros seres eram heterótrofos de respiração anaeróbia. Eles aproveitavam a grande disponibilidade de substâncias orgânicas encontradas na água para, por meio de reações químicas bastante simples, obter energia. O processo utilizado por esses seres vivos foi, provavelmente, a fermentação.

Quando o alimento se tornou escasso, devem ter surgido outros seres vivos capazes de produzir o próprio alimento, garantindo a sua sobrevivência e a de outros organismos que poderiam se alimentar deles. Esses organismos conseguiam obter o próprio alimento por meio da fotossíntese, sendo responsáveis pela liberação do gás oxigênio produzido nesse processo. O acúmulo de oxigênio permitiu, então, o aparecimento de seres capazes de utilizar esse gás para obter mais energia do alimento, através do processo de respiração aeróbia.

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