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SALA DE ESTUDOS

Rebeliões Separatistas Séc. XVIII e XIX

Conheça as Rebeliões Separatistas

Rebeliões Coloniais

Conjuração Mineira (1789)

Conjuração Baiana (1798)

Revolução Pernambucana (1817)

Causas Gerais das Revoltas

  • Decadência da Atividade Mineradora
  • Miséria do Nordeste
  • Difusão das Idéias Liberais
  • Exemplo da Independência dos E.U.A
  • Vitória Burguesa na Revolução Francesa
  • Ação das sociedades secretas, tais como a maçonaria

A Conjuração Mineira – 1789

Antecedentes

  • Decadência da produção aurífera
  • Arrocho fiscal: Derrama
  • Alvará de Proibição das Manufaturas de 1785
  • Crescimento da agitação cultural e intelectual na região

Principais Objetivos

  • Defesa do Ideal Republicano
  • Defesa da Industrialização
  • Criação da 1ª Universidade
  • Distribuição de Pensões
  • Transformação de S. J. Del Rey em capital
  • Criação de uma Casa da Moeda
  • Liberação da atividade mineradora
  • Influência do modelo de rebelião dos EUA
  • Caráter Elitista

Ainda que polêmica, acredita-se em uma expressiva ação da Maçonaria, no movimento

  • A Conjuração tinha um caráter elitista, não só pela natureza das mudanças que pretendia introduzir, assim como pela posição social dos envolvidos: mineradores, juristas, intelectuais, religiosos, militares de alta patente.
  • O início do movimento estava previsto para o dia de cobrança da Derrama
  • Em troca da anistia de impostos atrasados e dívidas de jogo, o Ten. Cel. Joaquim Silvério dos Reis, delatou a Conjuração
  • A cobrança da Derrama foi suspensa e teve início a Devassa

Alferes, tropeiro, tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier

Preso,  após quatro interrogatórios, assumiu a responsabilidade pelo movimento

Maria I rejeitou os pedidos de clemência e condenou Tiradentes a uma punição exemplar, por crime de lesa-magestade

Conjuração Carioca ou Fluminense 1794

  • No auge da Revolução Francesa, as reuniões da arcádia foram denunciadas
  • A histeria anti-revolucionária levou o vice-rei a abrir uma devassa de 3 anos, contra os prováveis conspiradores, reunidos na Sociedade Literária
  • Apesar das relações entre os acusados e os Inconfidentes de Vila Rica, nada foi oficialmente comprovado

Conjuração Baiana – 1798

Características do Movimento

Origens

  • Decadência da economia açucareira
  • Mudança do eixo econômico para o Sudeste
  • Miséria da numerosa população negra da Bahia
  • Repercussão da fase popular da Revolução Francesa
  • Processo de Independência do Haiti
  • Difusão das idéias liberais pela Sociedade Secreta Cavaleiros da Luz
  • Proclamação da República Bahiense
  • Abolicionismo
  • Participação das camadas populares e escravos
  • Defesa da Redistribuição de Terras
  • Abertura dos Portos
  • Valorização do Exército
  • Igualdade Político-Jurídica entre os Cidadãos
  • O Caráter Popular e a presença de negros no movimento, trouxe o pânico da “haitização” da Bahia
  • Apesar da participação de elementos de expressiva condição social como Cipriano Barata, Muniz Barreto e os tenentes Hermógenes Pantoja e Oliveira Borges, a liderança efetiva da revolta coube aos alfaiates João de Deus e Manuel Faustino, e aos soldados Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens
  • No dia 12.08.1798, foi divulgado um manifesto pelos rebeldes
  • O governador D. Fernando Portugal, com base em denúncias, não tardou a prender os suspeitos
  • João de Deus, Manuel Faustino e Luís Gonzaga foram enforcados

Revolução Pernambucana – 1817

Influências:

  • Decadência da lavoura canavieira
  • Seminário de Olinda: centro difusor das idéias liberais no Nordeste –
  • Areópago de Itambé: Sociedade Secreta (provavelmente maçônica), fundada pelo Pe. Arruda Câmara
  • Descontentamento com o governo da Província de Pernambuco

Antecedentes

  • Em 1801, ocorreu uma conspiração separatista, liderada pela família Cavalcanti e Albuquerque, proprietária do engenho Suassuna
  • Influenciados pelos acontecimentos europeus, o movimento pretendia tomar Napoleão como protetor da rebelião brasileira
  • O episódio foi abafado, uma vez que os conspiradores eram pessoas muito influentes

O lusofobismo

  • A presença da Corte Portuguesa (1808), gerou um grande descontentamento entre os colonos
  • Gastos militares ocasionados pelas campanhas de D. João na Guiana (1809) e na Província Cisplatina (1816)
  • Para manter a administração real, decretou-se o aumento das taxas sobre o açúcar, tabaco e couros, produtos de origem nordestina
  • Crescia o ódio a oficialidade, ao clero e aos comerciantes lusitanos
  • Integraram o movimento os padres Miguelinho, João Ribeiro e Frei Caneca
  • Membros da elite como o ouvidor Carlos Ribeiro de Andrada (irmão de José Bonifácio), o advogado José Luís de Mendonça, o capitão Domingos Teotônio Jorge
  • Os comerciantes Antônio Cruz (o mulato Cabugá) e o capixaba Domingos José Martins, ambos maçons

Domingos José Martins

  • Capixaba de Itapemirim, estudou na Bahia e em Lisboa
  • Tornou-se comerciante em Londres, onde teria se iniciado na Maçonaria
  • Ao retornar ao Brasil, fixou-se em Recife
  • Representava o Comércio na Junta Revolucionária de 1817
  • Defendia o fim da escravidão

O movimento foi deflagrado quando chegou a Pernambuco o decreto de prisão dos suspeitos e repressão a Maçonaria

A Revolta Militar

  • A tentativa de prisão do Cap. José de Barros Lima, o Leão Coroado, mobilizou os militares na revolta
  • A rápida adesão do Exército, liderado pelo Cap. Pedro Pedroso, foi decisiva para a expansão da revolta
  • O governador Caetano Pinto Montenegro foi deposto

Propostas e Avanços

  • Elaboração da Lei Orgânica
  • Defesa da República e da Liberdade Econômica
  • Defesa da Abolição gradual da escravidão
  • Pedido de apoio a Argentina, Inglaterra e EUA
  • Adesões: AL/PB/RN
  • O movimento foi considerado um dos mais importantes, uma vez que o conflito armado espalhou-se pelo Nordeste
  • Tratou-se de uma revolta de cunho liberal, que contou com a participação das camadas médias, descontentes com o pacto colonial